sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Churrascaria

A gente sempre superestima um rodízio de churrascaria antes de ir.

A gente lembra daquele bufet farto e cheio de coisas deliciosas, o arros piemontês derretendo na boca, a comida japonesa de qualidade duvidosa abrindo os trabalhos...

É muita coisa boa.

E as carnes, claro.

Chegando lá, 75% do bufet não interessa, o arroz piemontês é esquisito, a comida japonesa é tão duvidosa que nem vale a pena provar. E eles não têm camarão. Como assim sem camarão? Nada com camarão. Estou numa vibe de querer camarão, fiquei triste.

E as carnes. O garçon com carnes foge da sua mesa. Só chega a alcatra, mesmo assim num ponto que alguém não quer. Ou chega sempre passado demais pra uns, ou muito mal passado pra outros. Pra mim estava tudo ótimo, só lamentei que o bife ancho não tenha alcançado minha mesa, e o Baby Beef, que da nome à casa seja duro, ruim e apimentado. Mas tinha coisas gostosas, como cupim e maçã de peito.

Mas, no geral, eu sempre vou muito animada e volto meio decepcionada. A realidade sempre perde pra minha lembrança. Por isso eu só vou a churrascarias muito de vez em quando.

Mentira, só vou de vez em quando porque são caras.

Mas além disso, o rodízio da churrascaria expõe uma natoreza do ser humano que não se vê muito no cotidiano.

Patrões engravatados, secretárias dóceis, coleguinhas sempre de dieta, todos se unem numa odisséia de comilança desenfreada até onde o corpo puder aguentar.

Acho meio primitivo esse negócio de comer, comer, comer carne até não aguentar mais.

Mas provavelmente eu acho isso porque fui ontém. Mês que vem vou achar só uma delícia

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