quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Aventuras no Centro

Hoje fui no Centro da Cidade resolver pendências urgentes.

Cartão Marisa da minha mãe, atrasado como sempre.

Comissão de Formatura, minhas pendências e as do Fábio, que precisam ser parceladas.

Banco do Brasil, que eu precisava enforcar o meu gerente, porque meu limite do cheque especial desapareceu, e eles não me devolviam meu limite, enquanto a amazon tenta debitar meu kindle no cartão sem sucesso.

Devo dizer que consegui resolver tudo satisfatoriamente, recuperei meu limite e ainda fiz o gerente aumentar meu liite de cartão (eba!)

Mas não consegui nada disso sem viver algumas aventuras. Fui importunada por um mendigo presumivelmente drogado, e um presumível golpista. Mas já adianto que está tudo bem, nada aconteceu comigo.

Primeiro o mendigo. Eu estava com um pouco de fome e entrei numa pastelaria, pensando em tomar um suco ou algo assim. Enquanto pensava, o mendigo chegou do meu lado:

- Moça, estou com fome, paga um pastel pra mim!

Eu nunca dou, pago nada. Acho desaforo. Que nem o homem do banco do brasil. Fica lá, aquele homão forte sentado n porta do banco o dia todo pedindo dinheiro, comida. Ora, eu trabalho 6 horas por dia pra ganhar um salário mínimo, nem em sonho vou ficar pagando lanchinho pra vagabundo.

Falei que não e continuei olhando as opções. Ele continuou insistindo. Eu disse que não, não rolava, e ele começou a reclamar.

Saí, e ele saiu junto, ficou falando que era um desrespeito, um absurdo, ele só queria um pastel e blá, blá, blá.

Ele tinha poassado na minha frente, e ficava se virando pra trás, me xingando e reclamando. Nem prestei atenção ao que ele falava, prestei atenção nele, mesmo, esperando alguma reação dele.

Ficam assim ,mexendo com quem está quieto. Só porque sou uma moça de mangas bufantes, sapatinho de boneca e franginha o cara acha que pode folgar comigo. Mas não pode. Estou irritada e doida pra dar uns tabefes. Nego acha que porque sou mulher vou ficar intimidada, mas eu fico é querendo partir pra cima. Mas como tenho bom senso, não fiz nada, só entrei numa loja grande com seguranças e esperei dois minutinhos.

E o Golpista.

Mais tarde ia eu, andando com pressa, pensando em almoçar e matar o gerente do banco, quando um homem com sotaque estranho e boa aparência me aborda.

- Moça, onde fica a Avenida presidente Antônio Carlos?

É longe. Muito longe.

- Dois policiais me disseram que consigo chegar no aeroporto de confins a pé.

Eu ri, né e disse que os policiais estavam fazendo hora com a cara dele.

- Pois é, duas senhoras ouviram a conversa e falaram que não dá pra chegar a pé, não.

Estranho, o sotaque parecia diminuir. Falei que o que dá pra chegar a pé de lá, porque é muito perto, é o conexão aeroporto, o ponto do ônibus executivo que leva ao aeroporto.

Ele falou que não tinha como pegar o ônibus, que é muito caro, que ele veio tocar com a banda dele e a banda o deixou pra trás, se ele achava que dava tempo dele ir a pé pro aeroporto e cehgar para pegar um voo às 13:49.

Era mais ou menos meio dia. Ele jamais poderia chegar a pé em confins, que fica a uma hora de carro, pela estrada. Ele já estava atrasado para ir de ônibus. Expliquei isso.

Ele perguntou se eu conhecia um luar chamado chevrolet hall.

Eu falei que sim, nesse ponto já estava sem saco.

Ele falou que tinha tocado lá e me oferecia ingressos pra vários shows (ele falou nomes de artistas famosos, vários, que eu já esqueci) se eu fizesse uma ligação pra TAM e...

Ah, finalmente ele cehgou onde ele queria. Não sei exatamente onde ele chegaria, porque interrompi, disse que não tinha interesse, e que ele procurasse ajuda na conexão aeroporto, onde eles seriam capazes de ajudar.

Não sei qual era o golpe exatamente, mas quando surge uma vantagem desproporcional pra mim, é óbvio que é um golpe. Ele precisava de ajuda e agora eu é que vou me dar bem? Aham... A banda largou ele sem dinheiro, sem cartão, sem instrumentos, apenas com muitos ingressos para grandes shows em uma cidade desconhecida? Certo.

E mesmo que a história fosse inteirinha verdade, do início ao fim, se a banda dele o largou lá, eu é que vou me preocupar? Rezando ele não estava.

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