terça-feira, 30 de agosto de 2011

aquele cara

estava nas redes sociais e lembrei de um menino por quem fui apaixonada no segundo grau.

Comecei a procurar por ele no facebook, orkut twitter, nada. Na verdade achei um twitter que tenho quase certeza que é dele. Alguem criou, postou um tweet e nunca mais. No mais, ele desapareceu completamente da internet. Procurei no google e achei um engenheiro agrônomo baiano especializado no cultivo de cacau. Certeza que não é ele.

Procurei nos e-mails antigos, o mais recente é de 2006, foram parcas 4 respostas dele, diante da minha aparentemente árdua tentativa de manter contato que deve ter incluído muitos e-mails, e, pelo que eu vi, também cartas.

Lembro dele muio bem. Ele me marcou daquele jeito que marcam os amores frustrados, os impossíveis, aqueles que quase foram, mas não foram.

Mas aí fui ler os e-mails dele pra mim e achei que ele parece bobinho. Eu também devia parecer, na época. Fiquei pensando como será que ele é hoje, e concluí que deve ser alguém pouco interessante pra mim, não faria meu tipo. É muito moderninho, muito hipster, mito rock, muito humanas. Provavelmente não faria mesmo meu tipo hoje.

As pessoas mudam muito. E eu suponho que eu tenha mudado demais.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

apostas e sono

Perdi a aposta da atividade, mas a do cartão continua firme.

Agora eu queria saber por que eu simplesmente não consigo ir pra cama.

Agora li num blog uma coisa que me deixou com um nó na garganta.

Mas o real problema é que eu devia estar na cama, dormindo, não aqui, lendo, tendo nós na garganta e escrevendo.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Desafio

Uma vez me desafiei a comer duas porções de frutas por dia por duas semanas.

Vencer o desafio me conferiria o direito de comprar um delineador e um rímel novo imediatamente. Não cumprir o proposto me penalizaria: Eu só poderia comprar as maquiagens daí a 30 dias, às vésperas das festividades da formatura.

Venci o desafio. Mas não me dei o prêmio. Acaba que eu só comprei mesmo às vésperas da formatura. Mas comprei e ganhei muitas outras maquiagens.

Neste momento estou em dois desafios.

Cartão de crédito: Não usar o cartão de crédito nem uma vez este mês - Eu vinha tendo faturas altas, muito altas, comprometia sempre mais de 50% da minha bolsa de estágio com cartão. Meu pai pagava minha mensalidade da comissão de formatura. Meu avô paga meu celular, minha locadora e meu vigilantes do peso(originalmente ele pagava academia, mas fiz uma realocação de verbas, mas a idéia era mesmo me fazer perder peso, o que o vigilantes vem atendendo melhor)  Então, com a minha bolsa eu deveria pagar alimentação, transporte e eventuais livros e xerox e as compras pessoais. Acontece que as compras começaram a consumir mais recursos do que o resto todo, desde que eu viajei. Tá certo que eu compro muita coisa em supermercado pra alimentação, por causa da reeducação alimentar, ter as coisas mais light por perto. Mas estava gastando demais com restaurante, maquiagem, supermercado, cupons... Esse mê meu cartão veio com a fatura mais baixa, devido a uma agradável surpresa (Oi, amazon!). Me animei e me determinei a ter uma fatura baixa no mês que vem.  Acontece que tenho muitas compras parceladas, então, só o valor das parcelas já alcançará quase meia bolsa. Então não vou comprar nada (nada!) no cartão. Já deixei de comprar um cupom de 2 dias em um spa, vários pincéis de maquiagem, e um lipstain da revlon. Win! Lamento um pouco pelo spa, mas é a vida, né?

Atividade diária: Vou me mexer diariamente por uma semana - Semana passada eu exagerei e a balança me denunciou. Para contornar o estrago vou fazer algo todos os dias. Não tem desculpa. Tem monografia, isso e aquilo, mas eu tenho tempo livre. Se eu gastasse com atividades físicas metade do tempo que eu gasto com café mania, já estaria com o hábito de fazer atividades formado. Então desde ontem o limite para café mania é 15 minutos por dia. Coincidência ou não, esse é o mínimo de atividade DEDICADA que farei. Voltar pra casa não conta. Dançar conta. Simulador de caminhada conta. Volta na polícia conta. Power yoga mtv conta.


Desta vez tenho desafios sem prêmio. Mas na verdade, se for pensar bem, tem muito prêmio. No primeiro desafio o prêmio é mais dinheiro no bolso. No segundo, menos quilos na balança. E isso só pra eu fazer o que eu já devia estar fazendo desde sempre: economizar e me mexer.



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Enfim,

Enfim...

Parece que tudo vai dar certo


Parece que eu vou conseguir, que eu não tenho porque me preocupar.

Mas e esse medo que eu estou, essa confusão?

Curso de português? De concursos? De prática?

Direito ou não direito?

Sair ou ficar?

Capital ou interior?

Aqui ou além?

Presente ou futuro?

Realidade imediata ou planos mirabolantes?

Um trabalho disponível ou um desejado?

COMOFAS?

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Falando com as paredes

Tinha criado um blog há um tempão, só pra falar sozinha mesmo. Registrar meus pensamentos.

Aí transferi pra outro endereço, apaguei tudo o que parecesse comprometedor, coloquei em meu nome mesmo.


Depois de um tempo achei que meu namorado merecia saber o endereço.

Desde então tenho escrito aqui sabendo que estou falando sozinha, mas ele está lá, lendo. Pelo menos era o que eu pensava.

Na verdade ele perdeu meu endereço, e há um bom tempo não lê. Ele me pediu. Eu desconversei e não dei. Nem meu próprio namorado lê o que eu escrevo. Nem se dá ao trabalho de procurar no google também.

Agora voltei a falar sozinha.




quinta-feira, 4 de agosto de 2011

é da conta de quem?

O emagrecimento e a alimentação, assim como a criação de filhos é um terreno completamente fértil para os palpites de todo gênero. Temos os bem intencionados, os intrometidos, os maldosos, os invejosos, os que não tem nenhuma base a não ser o achismo... Enfim, ao contrário do que acontece em briga de marido e mulher, no seu emagrecimento todo o mundo quer meter a colher. Com a criação de filhos suponho que seja bem assim também, só que muito pior, porque criar filhos é algo muito mais sério, importante, difícil e que mais gente acha que sabe fazer melhor que quem está, de fato, fazendo. Mas divago, vou falar só do emagrecimento, porque nunca criei com sucesso nem uma planta, ainda mais um filho.

Todo mundo conhece uma dieta ótima, uma simpatia infalível, um exercício matador de gordurinhas, alguém que emagreceu uma fábula usando um método qualquer.

E será que eu dou essa liberdade pra todo mundo. Tá certo que eu comentei com Deus e o mundo que eu queria emagrecer pra formatura, que eu tinha emagrecido, que eu estou controlando.. Mas será que eu pesei demais na mão?

Hoje uma colega de trabalho veio se intrometer no que eu comia. Colega não dessas que trabalha com você. Mas dessas que trabalha no mesmo lugar e te cumprimenta.

Lá pelas13 horas, quando o café da manhã já tinha sumido da minha lembrança e do meu estômago e o almoço ainda parecia uma miragem distante diante da quantidade de tarefas a cumprir antes de ir pra casa (não tenho horário de almoço. Trabalho de 10 às 14, ou seja, em todo o horário em que comprar comida é possível. Depois eu almoço em casa, onde a comida é saudável, com pouco sal e gordura e gratuita, pelo menos pro meu bolso). Fiz o que qualquer ser humano com fome faria: um lanche. Não ia sair para comprar um almoço. Primeiro porque não vou gastar dinheiro sendo que tem almoço me esperando e casa. Segundo porque sair, comprar almoço e comer certamente faria com que o meu esperado encontro com minha cama e meu computador fosse ainda mais adiado. Peguei o que o meu estágio oferece: pão, queijo minas, chá mate (o café tinha acabado) e uns pedacinhos de rapadura, porque a rapadura era enoooooorme, estava logo ali na mesa e eu adoro rapadura. Não é o melhor lanche no mundo, não é light, não é saudável, mas não e nada mau, também... Peguei meu lanche e fui continuar meu trabalho enquanto comia.

Nisso vem a colega. "Nossa! sua alimentação está completamente errada! Você não pode ficar comendo isso a essa hora!" Eu pensei em responder que isso é problema meu, ou que eu jurava que ela era contadora e não nutricionista, mas como eu já disse, eu sou um amor. Expliquei que meu horário é irregular, que eu ainda parecia ter muito trabalho e por isso preferia trocar de horário o lanche que eu supostamente faria no meio da tarde com o almoço, que eu já tinha perguntado sobre isso a um nutricionista, e ele me disse que não havia problema em fazer isso, o importante era que eu comece as coisas e o fizesse no horário, mesmo trocando a ordem das refeições.

"Ah, é, mas duvido que ele te mandou comer pão. Você fica aí comendo esse tanto de pão, vira tudo gordura .Você engorda e entope seu coração de gordura"

Agora era a hora de dar uma boa cortada, mas me limitei a dizer que todos os tipos de alimento são importantes e também o pão tem seu lugar.

"É, mas não pode ficar comendo pão assim"

Dá pra imaginar que eu estava pegando uns 8 pães e enfiando na boca de uma vez. Mas era apenas 1(um) pão. Como eu sou otária e adoro fazer papel de idiota ainda me expliquei, dizendo que eu não costumo mesmo comer pão branco, como mais integral, mas não se deve vetar nenhum alimento em absoluto.

"Tem que comer é fruta"

Me despedi e saí, porque faço papel de idiota, mas não ia perder meu tempo nessa conversa fiada. A pilha de trabalho que me afastava de casa ainda estava lá. A propósito, só cheguei a almoçar por volta das 16:30.

Mas eu fico me perguntando quando é que eu dei essa liberdade pra nega querer mandar no meu horário de comer. Tenho quase certeza que com essa mulher eu nem cheguei a comentar nada sobre querer emagrecer.

Vai ver é minha cara de boba. Vai ver as pessoas olham pra mim acima do peso e pensam logo que eu estou precisando ser salva por elas, com seus conhecimentos salvadores vindos do globo repórter e da dieta que a prima fez uma vez e nunca mais engordou. Se bem que não deve ser bem isso, porque só estou uns 5 quilos distante da minha faixa de peso normal, e estou ótima, na verdade. Sou apenas o tipo meio grande, com pernas grossas e tal, mas agora não estou mais gorda. Pelo menos não assim, precisando de salvação.

Deve ser mesmo a minha cara de boba, de quem leva desaforo pra casa. E eu levo mesmo.

Acho que é hora de voltar ao Krav Magá. Acho que eu tinha uma postura mais imponente diante da vida quando treinava.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As mentiras do início da vida adulta

Mentiram pra nós, nos enganaram. Nos enganam sobre um monte de coisas da vida, e o alarmante é que eu não devo ter descoberto meu engano em quase nada. Só depois de muito murro em ponta de faca, de muita aquisição de bom senso é que você descobre o quão erradas são algumas concepções passadas a você como certas. A família, a sociedade e a escola podiam te ajudar mais, já que no iniciozinho da vida adulta pouca gente tem um pouco de noção e bom senso.

O vestibular - Tem que ser a primeira coisa que você faz assim que sai da escola. A faculdade é a continuação natural da escola, e sem entrar na universidade você está apenas parado, desperdiçando seu tempo. Só digo que se eu tivesse gastado os dois anos de cursinho pré vestibular fazendo cursinho pré concurso, certeza que já estava aí, empregada independente, provavelmente me formando por agora ou logo mais, sem dever nada pra ninguém, cuidando da minha própria vida.

A "profissão que você ame" - Dizem que você tem que escolher uma profissão que você ame, né? E isso normalmente está atrelado ao obrigatório vestibular no fim do ensino médio. Acontece que a maioria sai do ensino médio sem nem bem saber onde fica o próprio nariz, quanto mais o que tem aptidão pra fazer. Fora que o mito da profissão amada e prazerosa é isso, um mito. Trabalho é o que você faz porque te pagam. Não é passeio ao parque. Pode ser chato, penoso, enfim. Pouquíssimos são aqueles que amam o que fazem. Mas óbvio que temos que escolher o que temos aptidão pra fazer, não é um sacrifício tão grande. E, novamente, aos 17 anos não temos sequer ideia. Quando acertamos, acertamos meio que no escuro. E esse mito só serve mesmo para criar um enorme contingente de pessoas frustradas à espera de "se apaixonar" pelo trabalho.

A faculdade é o melhor momento da sua vida - PFfffffff. Dispensa comentário. Os que realmente ficam achando isso é porque encararam toda a faculdade como um QG para encontrar os amigos pra combinar cervejadas. Óbvio que fiz bons amigos, e conheci gente muito bacana e o meu noivo. Mas se eu tivesse frequentado a academia por 5 anos também faria amigos. Se eu frequentasse qualquer coisa numa base diária com as mesmas pessoas por 5 anos eu faria bons amigos baseados em uma forte afinidade. Não senti nada de especial a respeito da faculdade. As festas eu nem vou falar. Provavelmente eu fui conhecida pelos colegas micareteiros que tomaram a formação do time de futebol como a real razão para estar na faculdade como a pessoa mais mal humorada e ranzinza que já pisou aquele prédio. Mas a verdade é que as outras pessoas mais mal humoradas e ranzinzas nem se dão ao trabalho de perder tempo socializando. Eu sou um amor de pessoa.

Bom, pra início de conversa é isso. Me sinto enganada por todos. Quase todas as nossas expectivas sobre estudo, amor, carreira, família, enfim, nossas concepções sobre a vida não passam de idealizações baratas, que não resistem ao primeiro sopro. É um castelo de cartas.

Será que é assim pra todos? Ou será que acaba que eu sou mesmo ranzinza, mau humorada, amarga e pessimista?