quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Ano passado eu morri, esse ano também morro

Eu estava vendo minhas resoluções de ano novo de 2018 que fiz aqui no blog. Agosto praticamente acabou e vou contar como as coisas foram até agora:
- O Caçambito, ou Caçambinha, ou Nenem, ou Xuxu Neném, ou Bito, Ou Biricotico da Mamãe, ou Titico, é o gato mais lindo, mimado e gotoso de Minas Gerais.
- Eu vou me mudar pra uma casa, vou ter horta, talvez até mesmo umas galinhas.
- Eu falei que não ia ser disponível romanticamente, antes de fevereiro já estava namorando, antes de março já estava pensando em casamento, agora em agosto já estamos enfrentando uma enorme crise no relacionamento.
- Eu não aprendi a costurar, não aprendi nada.
- Eu não voltei a estudar. Mas fiz um artigo e apresentei em um seminário e fiquei muito orgulhosa.
- Eu não melhorei minha alimentação.
- Eu entrei na luta e saí, entrei na dança e saí, agora estou na academia meio capenga.

Eu não estou muito legal. Claro que não é nada como aquele caos do ano passado, mas não está bom. Não sei se tem realmente como ficar bom, pode ser que eu seja inerentemente insatisfeita. Mas que eu tenho passado muitos bons e maus momentos esse ano é fato, a vida está bem melhor, mas tem que ficar muito atenta pra não me perder de mim mesma.

No mais, estão aí as eleições, elas são horríveis, com certeza essa é a desculpa atrás da qual eu vou me esconder pra empurrar com a barriga até o ano que vem, porque depois das eleições estou de férias, e depois já é praticamente dezembro, então é isso.

Encerro com uma fotografia que ao mesmo tempo é do Caçambinha e do meu atual estado de espírito.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

2018

Tem rolado uns dias bem loucos ultimamente.
Eu estava bem mal, eu viajei, eu fiz um contrato de união estável, , meu companheiro ficou doente e melhorou, eu capotei o carro, eu separei, então ele ficou doente novamente e vieram as festas de final de ano.
Tudo um grande turbilhão.
Eu estava conversando com um rapaz do Tinder, e ele... bom, não tem jeito fácil de lidar com isso, ele pediu meus dados pra fazer um mapa astral. Ele fez e : "nossa, quantas mudanças na sua vida. Parece que tudo mudou! Inclusive fisicamente, o que é isso? O que aconteceu com você?" Eu tava rindo, mas fiquei preocupada. Porque foi isso, né?
Eu em janeiro de 2016 era completamente uma coisa, estava sem dinheiro, mas indo morar junto depois de ter insistido muito nisso, era uma realização. Estava feliz. A vida estava se abrindo à minha frente, cheia de perspectivas: a vida em comum, o aumento de salário, a redução de estômago. Tudo indo bem. Tudo indo em frente.
Em janeiro de 2017 já era outra história. Eu tinha feito a louca decisão de ir embora. Eu estava me sentindo estagnada. Parece que todas as possibilidades que eu via em 2016 tinham dado em lugar nenhum. Passando mal sem parar, fraca, um relacionamento em crise por causa da mudança, a perspectiva de morar no interior, longe de todos que eu conhecia, de toda a vida que era familiar para mim. Parecia que eu estava perdendo o controle. Por mais que a escolha de partir tenha sido minha, parecia que as coisas seguiam de maneira desgovernada. Eu passei um ano ruim. O relacionamento teve altos e baixos ao longo do ano, até eu jogar a toalha em novembro. Eu estive mal. Me sentia exausta, fisicamente, emocionalmente. Parecia que eu nunca conseguia fazer o que eu precisava e nunca estava onde queria. 2017 me quebrou. Mas eu comecei a melhorar.
E é assim que 2018  me encontra. Depois de anos estou tentando aprender a ser eu mesma sem outra pessoa do lado. Eu tenho pessoas incríveis, irmãs, amigas, mas aproveito essas pessoas menos do que poderia porque sempre investi muito tempo e energia em relacionamentos românticos. Eu estou melhor do que estava. Não sei exatamente o que estou fazendo da minha vida, mas me sinto um pouco como em 2016, quando eu olhava pra minha vida e pensava que o melhor estava por vir.

Termino então com algumas resoluções, não para 2018, mas para o meu futuro, de maneira geral:
- Demonstrar mais para as pessoas de quem eu gosto que eu gosto delas, ser mais atenciosa e carinhosa com amigos e família.
- Aprender a costurar.
- Não ser tão disponível romanticamente.
- Dançar mais, muito mais.
- Me alimentar com mais qualidade.
- Ser uma boa "mãe" para o Caçambito, o gatinho que adotei esse ano.
- Entrar em uma luta.
- Voltar a estudar seriamente.