quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Palavras dele

Ele sempre escreve sobre coisas de amor.

Sempre, de alguma forma, eu me identifico nas palavras dele. Mesmo sabendo que não são sobre mim. Os sentimentos que um dia e tive por ele ecoam nas palavras dele sobre os sentimentos que ele tem (ou teve) por outra pessoa.

No fim, é sobre mim, sim. O amor é sempre parecido em certa medida. Às vezes nem é amor, mas é parecido. Nem sei dizer se houve amor já que nossa relação teve muitos sentimentos confusos de parte a parte. Mas as espectativas certament eram muito diferentes. Junto com os semtimentos confusos, foi o bastante para se chegar a um ponto final cheio de mágoa, ressentimento e culpa. Não sei cheio de que foi o nosso fim pra ele, porque num dado momento eu não queria ouvir mais nada, e me afastei.

Depois eu acabei encontrando amor recíproco. Nada de confusão, e as expectativas são as mais parecidas possíveis.

Aí sim, com o coração leve e sem ressentimentos pude me aproximar novamente, e ser amiga, mesmo de longe, ser alguém que se importa, que gosta, sem essas coisas românticas confundindo tudo.

Assim eu tenho notícias e leio as palavras dele. às vezes elas me sobressaltam, mas normalmente vem uma curiosidade. De quem ele está falando?

Eu queria falar com ele às vezes. Falar sobre o nosso fim. Dizer que eu entendo muitas coisas que eu não entendia e tentar entender outras. Só que eu acho meio errado discutir relações inexistentes. E a nossa não existe mais. Mas acho que entender o que passou faz parte da construção de nós mesmos, faz parte de entender quem nós somos.

Mas acho que um bom começo seria perguntar pra ele. Se ele está bem, se está feliz ou se pelo menos acha que está no caminho pra ser. E matar a curiosidade e perguntar de quem ele está falando.

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